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Mandato do diretor-geral da ESMPU é renovado por mais dois anos

Em entrevista, Carlos Henrique Martins Lima diz que pretende investir na prática pedagógica das atividades acadêmicas para desenvolver uma instituição de ensino voltada à profissionalização de alto nível
publicado: 01/02/2016 14h05 última modificação: 22/04/2024 20h39

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, renovou por mais dois anos o mandato do diretor-geral da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU), Carlos Henrique Martins Lima. A Portaria com a designação foi publicada nesta quinta-feira (28/01), no Diário Oficial da União (DOU).

A partir de 1º de fevereiro, a Escola também terá uma nova diretora-geral adjunta, a subprocuradora-geral do Trabalho Sandra Lia Simón. Sandra Lia vai substituir o subprocurador-geral do Trabalho Maurício Correia de Mello, que assumiu o cargo de corregedor-geral do Ministério Público Trabalho (MPT).

Em entrevista, Carlos Henrique afirma que neste novo mandato pretende investir na prática pedagógica das atividades acadêmicas a fim de “construir uma instituição de ensino voltada para a profissionalização de alto nível”. Além disso, pretende ampliar os espaços de publicação da produção intelectual de membros e servidores.

Na avaliação do diretor, o desafio que se impõe é pensar em um novo modelo de ensino, alinhado às novas tecnologias de informação e comunicação. Para ele, a educação a distância é bastante promissora. “Vamos precisar testar novos modelos para chegar ao mais adequado, que una interatividade, dinamismo, qualidade e eficiência”, defendeu.

Veja os principais trechos da conversa.

- Qual será o foco dos próximos dois anos?

Minha gestão deu continuidade ao trabalho bem executado de meus antecessores. Buscamos construir uma instituição de ensino voltada para a profissionalização de alto nível. Nesse sentido, no próximo mandato queremos fortalecer o conteúdo dos cursos, a prática pedagógica e acadêmica. Já evoluímos muito. Agora, com essa consolidação e esse amadurecimento, precisamos começar a pensar no futuro, no que queremos ser daqui a dez anos, inclusive em termos de Ministério Público.

- Como enxerga a Escola daqui a dez anos?

Certamente o modelo de ensino que adotamos hoje será reformado, com o desenvolvimento de uma nova linguagem e nova dinâmica de aprendizagem, que será influenciado pelos processos de comunicação. Precisamos estar preparados para isso e pensar nas novas tecnologias de informação e comunicação. Hoje em dia gastamos boa parte de nosso orçamento com deslocamentos e diárias para os colegas se capacitarem. Temos de buscar maneiras para atingir o nosso público-alvo com mais rapidez e eficácia, mantendo a qualidade. Esse é o nosso grande desafio.

- O ensino a distância ganhará maior destaque?

Esse é um dos caminhos. O ensino a distância é bastante promissor e ainda está em seu estágio inicial. Vamos precisar testar novos modelos para chegar ao mais adequado, que una interatividade, dinamismo e eficiência. Necessitamos avançar nesse ponto, como todo o mundo educacional vem fazendo. Temos de oferecer cada vez mais treinamentos relevantes e de qualidade.

- A ESMPU, além de ser um centro de aperfeiçoamento, funciona como editora. Pretende ampliar essa área? 

Nesses primeiros dois anos, colocamos em dia as publicações periódicas da Escola e publicamos novos títulos e algumas pesquisas. Estamos finalizando agora a nova edição do Boletim Científico e uma publicação sobre o novo Código de Processo Civil. A proposta é ampliar não apenas o número de títulos mas também os espaços de divulgação dos trabalhos dos nossos colegas. Estamos com a ideia de criar mais um canal de comunicação para publicar artigos de opinião, que são mais temporais. Além disso, vamos retomar o nosso programa de entrevista Espaço Debate.

- Nos últimos anos, o Ministério Público passou a ser uma das instituições em que a sociedade mais confia, principalmente pela atuação no combate à corrupção. Qual a contribuição da Escola para o fortalecimento do MPU?

A Constituição de 1988 trouxe um novo modelo de Ministério Público, permitindo que fôssemos protagonistas de muitas alterações sociais. É claro, como todo processo de evolução, que cometemos erros e acertos. Acredito que o Ministério Público tem cumprido sua função magistralmente. Nesses últimos anos, ele se equipou com técnicas novas e conhecimentos jurídicos aprofundados. Entretanto, até pelo próprio amadurecimento, precisamos repensar a nossa atuação perante a sociedade para continuarmos sendo relevantes nas mudanças sociais. O mesmo ocorre em relação a outras instituições que buscam ocupar algum espaço ou prestar alguns serviços que são por excelência do Ministério Público. A Escola cumpre justamente esse papel de reflexão: é um local democrático de debate por excelência.

- Quando ficará pronto o novo Centro de Treinamento?

Esse será um outro desafio desta gestão. O Centro de Treinamento vai dar uma nova dimensão para a Escola. Ele terá dez salas de aula, três auditórios, estúdios para gravação... Quando assumimos em janeiro de 2014, não tínhamos orçamento para retomar a obra, que está parada desde 2013. Em 2015, solicitamos o orçamento, porém o Ministério do Planejamento ofertou apenas R$ 500 mil. É muito pouco para uma obra orçada em torno de R$ 30 milhões. No ano passado, finalizamos o projeto arquitetônico e agora estamos no processo de licitação, embora não tenhamos os recursos garantido. A ideia é fazer a licitação com o dinheiro que temos e buscar verba para terminar a construção.

- Mais uma vez a Diretoria-Geral da Escola fará uma dobradinha entre o MPF e o MPT. Como vê esse casamento?

Estamos indo para a terceira chapa formada com essa dobradinha e esse arranjo tem se mostrado muito eficaz. Pessoalmente, foi uma alegria dividir a diretoria no primeiro mandato com o Maurício Correia, um profissional do melhor gabarito que, com sua experiência e humanismo, enriqueceu nossas atividades acadêmicas. Agora ele será substituído por uma colega também com muita experiência acadêmica e profissional. Ela inclusive foi procuradora-geral do Trabalho. Para mim, é um prazer e um grande aprendizado dividir essa tarefa.

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