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Palestra e homenagem encerram ano letivo na ESMPU

Realizada em Brasília na última terça-feira, 27 de novembro, atividade também marcou o lançamento da campanha de combate à corrupção “Educar para não (se) corromper”, que a Escola promoverá em 2013.
publicado: 28/11/2012 20h06 última modificação: 31/03/2017 17h20

Com a presença de membros e servidores, a Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) promoveu na última terça-feira (27), em Brasília, o encerramento oficial do ano letivo de 2012. A programação contou com a Palestra “Ética e Combate à Corrupção”, ministrada pelo professor Alberto Moreira, da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, seguida do lançamento da campanha contra a corrupção que a ESMPU promoverá em 2013. No final da atividade, a Escola prestou uma homenagem à servidora Hirley Jurema, que se aposentou este ano após quatro décadas de trabalho no Ministério Público Federal (MPF).

Durante a palestra, o professor e filósofo Alberto Moreira abordou conteúdos políticos e questões aplicadas à ética no convívio social, destacando os antecedentes históricos da corrupção, as práticas e disposições mentais que a favorecem, além de pontos polêmicos, como a cultura da corrupção, que leva à tolerância e à aceitação de forma natural das situações de impunidade e de arbitrariedade. Ele tratou ainda de aspectos que podem facilitar a presença da corrupção, como o alto poder de decisão que alguns agentes públicos detêm, além da relação muito próxima entre o privado e o público. “Mesmo os bons e bem-intencionados podem se corromper. A formação da ética precisa passar pela formação do espírito e ultrapassa, por isso, a própria ética”, afirmou.

O professor também falou sobre o combate à corrupção e à improbidade no Brasil, ressaltando as atuais iniciativas e conquistas nesse campo, tais como a ação dos movimentos sociais e políticos, as atitudes investigativas da mídia, o controle público, a busca pela transparência, as leis específicas e a atuação do Ministério Público, da Controladoria-Geral da União e de outras instituições. Lembrando que o enfrentamento da corrupção envolve o fortalecimento da cultura política da população, somado a diversos fatores, ele citou a cientista política norte-americana Susan Rose-Ackerman, concluindo: “O objetivo não é o de alcançar uma retidão completa, talvez impossível para nós, mortais, mas antes um crescimento substancial na honestidade e na crença em valores transcendentes, como a justiça e a solidariedade, pelos quais vale a pena lutar e trabalhar”.

Para o subprocurador-geral da República Antônio Carlos Lins, membro da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão (5ª CCR) do MPF e convidado da Escola na palestra, a apresentação do professor Alberto Moreira foi bastante significativa por destacar a corrupção sob o ponto de vista sociológico. “Até então estamos acostumados a considerar a matéria um crime como qualquer outro”, lembrou.

“Educar para não (se) corromper” – Após a palestra, o diretor-geral da ESMPU, Nicolao Dino Neto, anunciou a campanha de combate à improbidade administrativa que a Escola, com o apoio da 5ª CCR, realizará ao longo de 2013. “Educar para não (se) corromper” será o lema que guiará uma série de atividades. “A corrupção destrói a natureza, fragiliza os valores culturais, inviabiliza o desenvolvimento social e econômico. A corrupção é uma via de mão dupla. Só há corruptos porque há corruptores. Não é sem razão que a ESMPU também se alia a essa cruzada que é permanente, é de todos, utilizando a educação como arma nesse combate”, disse o diretor-geral.

Ele explicou ainda que o objetivo da campanha é promover, por meio da ação educacional, a interação com a sociedade civil e com outros organismos de Estado. “Também buscamos valorizar o trabalho do Ministério Público, instituição que se dedica fortemente ao combate à corrupção e à defesa da probidade administrativa”, acrescentou.

No encerramento das atividades, o diretor-geral lembrou que as instituições são feitas de pessoas e que é importante festejar e valorizar aqueles que emprestam grande parte de sua vida para fazer a instituição à qual pertencem. Com essa mensagem, Nicolao Dino iniciou a homenagem à servidora Hirley da Silva Jurema, que se aposentou em 2012 após 48 anos e meio de serviço público, dos quais 40 dedicados ao Ministério Público Federal.

A técnica administrativa ingressou na instituição em 1972 e trabalhou na Procuradoria da República em Pernambuco, na Procuradoria Geral da República e na ESMPU, sua última lotação. “Foram anos e anos de convivência muito importantes na minha vida pessoal e profissional, que servirão de inspiração e levarei sempre comigo. Sinto-me orgulhosa por ter feito parte do Ministério Público Federal e também desta Escola, onde me aposentei”, disse Hirley, ao receber uma placa de homenagem entregue pelo diretor-geral.

As atividades de encerramento do ano letivo na ESMPU contaram ainda com a participação da diretora-geral-adjunta da Escola, Ivana Santos, do procurador regional da República e coordenador de ensino do MPF, Douglas Fischer, da subprocuradora-geral da República Áurea Maria Lustosa Pierre e do procurador da República no Distrito Federal Frederico Paiva.

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