Notícias

Simpósio debate responsabilidade das instituições e da coletividade na preservação do meio ambiente

Com enfoque na implantação de sistemas de gestão ambiental, mesa redonda aprofundou discussões sobre o papel da sociedade e das organizações no desenvolvimento sustentável. Programação contou ainda com oficinas, exposições e feira ambiental.
publicado: 04/06/2010 16h26 última modificação: 31/03/2017 17h22

Terminou na última quarta-feira, 2 de junho, o Simpósio “Consciência Ambiental – Sistema de Gestão Ambiental – Semana do Meio Ambiente”, promovido na sede da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) e na Procuradoria Geral da República (PGR). Composto de mesa redonda, oficinas de compostagem, exposição de fotos, feira ambiental, entre outros eventos, o simpósio homenageou o Dia Mundial do Meio Ambiente, a ser celebrado no próximo sábado, 5 de junho.


Durante a mesa redonda que encerrou as atividades, representantes do Ministério Público Federal (MPF) e especialistas da área de meio ambiente discutiram a necessidade da implantação e do monitoramento de Sistemas de Gestão Ambiental e das regras da Norma ISO 14.001, que certifica ações de responsabilidade social, para que se promova uma gestão ambientalmente integrada e eficiente.


O corpo de palestrantes foi composto pela subprocuradora-geral da República Sandra Cureau, pela doutora em gestão ambiental pela Universidade de Brasília (UnB) Márcia Leuzinger e pela fundadora da ONG Amigos do Futuro, Rejane Pieratti. A mediação ficou a cargo da procuradora da República no Distrito Federal Ana Paula Mantovani.


Estiveram em discussão temas relacionados à história dos movimentos ambientais, às estratégias para preservação do meio ambiente dentro e fora das empresas e órgãos públicos e ao compromisso de toda a coletividade quanto ao desenvolvimento sustentável do planeta.


Gestão ambiental e responsabilidade coletiva - A professora Márcia Leuzinger enfatizou a descentralização da responsabilidade do governo na questão dos cuidados com o meio ambiente. Segundo a especialista, é necessário compartilhar com a sociedade essa obrigação prevista na Constituição Federal de 1988. Para que isso ocorra, alertou, informação e educação ambiental são elementos imprescindíveis. Quanto ao papel das instituições públicas, Márcia defendeu que, além do reforço nas ações voltadas à economia de água e energia, aos cuidados com os resíduos e à implantação de políticas de capacitação de funcionários, busquem-se iniciativas como a realização de licitações que prevejam a participação de empresas ambientalmente conscientes.


Consultora na área socioambiental, Rejane Pieratti apresentou histórico das práticas voltadas à sustentabilidade e à responsabilidade das instituições. Ela tratou de conceitos aplicados aos Sistemas de Gestão Ambiental, explicando as etapas de implantação, execução e acompanhamento. “Uma instituição com bom desempenho ambiental é aquela que conhece as consequências de suas ações, desenvolve projetos, busca a melhoria contínua e influencia todos os envolvidos no processo”, explicou. Para ela, programas que reúnem responsabilidade social e ambiental são os mais indicados.


Terceira e última palestrante, a subprocuradora-geral da República Sandra Cureau destacou como alguns dos problemas ambientais mais graves a ser enfrentados o avanço do consumo e a acumulação de equipamentos de duração efêmera gerados pelo avanço tecnológico. “O planeta está se transformando numa grande lixeira”, lamentou. A subprocuradora ressaltou, assim como as outras especialistas, a necessidade do envolvimento da coletividade na preservação do patrimônio ambiental e, ainda, a urgência de se implantar um sistema de gestão ambiental no âmbito do MPF. “Como Ministério Público, precisamos agir antes das instituições das quais cobramos ações ambientais sustentáveis. E, a partir disso, usar todo esse conhecimento em nossas casas e em nossas vidas”, disse.


No encerramento, o público recebeu mudas de árvores e participou de confraternização em que foi servido lanche produzido a partir de técnicas de reaproveitamento de alimentos. O simpósio integrou as ações do Grupo de Gestão Ambiental da Procuradoria da República no Distrito Federal e da ESMPU e do Programa de Gestão Ambiental da Procuradoria Geral da República (PGR). Apoiaram a iniciativa a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), a Associação dos Servidores do Ministério Público Federal (ASMPF), a Fundação Procurador Pedro Jorge de Melo e Silva (FPJ) e o Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União no Distrito Federal (Sindjus/DF).

Secretaria de Comunicação Social
Escola Superior do Ministério Público da União
E-mail: secom@escola.mpu.mp.br
Telefone: (61) 3553-5300