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Sociedade civil aponta necessidade de maior interlocução da ESMPU com público externo

Representantes de entidades participaram da Oficina “Comunicação, articulação interinstitucional e diálogo com a sociedade”, que aconteceu nesta semana
publicado: 27/09/2018 12h33 última modificação: 27/09/2018 12h33
Encontro contou com a presença de entidades sociais, universidade e escolas de governo.

Encontro contou com a presença de entidades sociais, universidade e escolas de governo.

Ampliação da interlocução e do diálogo entra a sociedade civil e a Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU). Este foi um dos destaques das discussões realizadas durante a Oficina “Comunicação, articulação interinstitucional e diálogo com a sociedade”, realizada nesta segunda-feira (24/09), com a presença de entidades sociais, universidade e escolas de governo. Na ocasião, os (as) representantes relataram suas experiências e deram indicações sobre como a Escola pode trabalhar a transversalização da perspectiva de gênero, raça e etnia em suas atividades acadêmicas.  

Dentre as sugestões apresentadas estão a inserção de pessoas da sociedade civil nas atividades, como professor ou aluno; o fortalecimento de canais de comunicação e da ouvidoria; a criação de uma agenda regular de encontros; a inclusão no conteúdo dos cursos oferecidos de bibliografia básica sobre gênero, sexualidade e raça; e o estabelecimento de parcerias com redes temáticas. 

O diretor-geral da ESMPU, João Akira Omoto, afirmou que essa aproximação da ESMPU com os atores da sociedade vai ajudar a instituição a perceber de que forma pode-se trabalhar a realidade social nos cursos que oferece. Ele ainda informou que, desde o início de seu mandato (fevereiro de 2018), a Escola tem realizado ações para abrir o diálogo com a sociedade.  

Akira citou as atividades de extensão do projeto “30 anos da Constituição Cidadã e 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos”, realizadas mensalmente e que privilegiam a interlocução com a sociedade. “Queremos que nossa instituição aprimore sua relação com os mais diversos atores sociais. Para isso, por exemplo, já trouxemos para o diálogo mulheres do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB); lideranças indígenas; representantes de ONGs que trabalham com acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiências; e entidades envolvidas no acolhimento de refugiados e migrantes no Brasil”.  

As sugestões apresentadas durante a oficina com a sociedade foram levadas para as reuniões do Plano de Atividades de 2019 para tratar dos projetos de extensão que serão realizados no próximo ano.  

Diálogo com a sociedade – Essa é a terceira oficina realizada dentro do plano de ação para transversalizar a perspectiva de gênero e étnico-racial na ESMPU (clique para acessar), proposto pela subprocuradora-geral da República Ela Wiecko e aprovado pela Diretoria Geral. Ela foi conduzida por Felipe da Silva Freitas, doutorando em direito pela Universidade de Brasília (UNB) e militante do movimento negro.  

A primeira oficina sobre a transversalização foi realizada nos dias 28 e 29 de junho, durante o primeiro encontro para discutir o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2020-2024). Nos dias 27 e 28 de agosto, aconteceu a segunda oficina intitulada “Diálogos sobre gênero, raça e etnia”, que reuniu todo o público interno. 

De acordo com Ela Wiecko, o plano de ação foi elaborado a partir do diagnóstico realizado com as informações os participantes dos cursos da ESMPU. “Estamos em um processo de aprendizado e buscando identificar como podemos transversalizar essas questões”, pontuou.  

Ao comentar o diagnóstico, a coordenadora-geral da organização Criola, Lúcia Xavier, disse que ele revela um grupo fechado em si mesmo. Segundo ela, sem diálogo com a sociedade, a leitura da realidade social fica prejudicada. “Um grupo fechado não consegue se oxigenar nem enfrentar questões de gênero, raça, de orientação sexual, entre outras”. 

Confira as fotos do encontro em nosso Banco do Imagens.

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