“Maratona de Direitos Fundamentais”: primeiro dia discute enfrentamento ao racismo e respeito à diversidade

Teve início nesta terça-feira (23) a “Maratona de Direitos Fundamentais”, promovida pela Comissão de Defesa dos Direitos Fundamentais (CDDF) do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) com o apoio da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) e da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp). O diretor-geral da Escola, Paulo Gustavo Gonet Branco, participou da abertura do evento, que vai até o dia 26 de fevereiro e é aberto a membros e servidores do Ministério Público brasileiro. Assista à transmissão do primeiro dia.

Na ocasião, Paulo Gonet agradeceu a oportunidade de apoio e participação em um encontro cuja temática se revela de suma importância nos dias atuais. “Meus parabéns pela feliz escolha do título para esse evento: pouco comum e bastante inspirado. A maratona exige, daqueles que se dispõem a percorrê-la, fôlego, disposição, resiliência e foco. Tudo que se espera de quem pretende defender os direitos fundamentais”, destacou.

O conselheiro e presidente da CDDF, Luciano Maia, pontuou que o CNMP, enquanto órgão de cúpula do sistema de Justiça, tem a missão constitucional de dar concretude aos direitos fundamentais. “Os membros do Ministério Público são responsáveis pelo fomento e pela indução de políticas públicas direcionadas à implementação dos direitos fundamentais. Portanto, a sociedade brasileira deve exigir uma atuação efetiva do colegiado”, completou.

A procuradora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Dora Lucia Bertulio, integrante do grupo de trabalho “Enfrentamento ao racismo e respeito à diversidade étnica e cultural”, falou sobre os desafios do enfrentamento do racismo na sociedade. “Nosso trabalho para minimizar os efeitos nefastos do racismo na sociedade brasileira torna imprescindível conhecer as nuances de produção e reprodução na formação do Estado e de nossa sociedade”, enfatizou.

 A maratona está sendo transmitida pelo canal do CNMP no YouTube. O objetivo do encontro é apresentar as principais medidas e discussões relacionadas ao racismo, aos povos indígenas e às comunidades tradicionais com o debate de questões de gênero, violência doméstica e familiar contra as mulheres, feminicídio, pessoas com deficiência, pessoas idosas e pessoas desaparecidas.