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Prevenção e combate à discriminação LGBTQIAPN+ é tema de webinário na ESMPU
Promover um debate plural e interdisciplinar sobre a prevenção e o combate à discriminação LGBTQIAPN+", com enfoque especial no ambiente de trabalho. Esse foi o objetivo do webinário promovido pela Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) nesta segunda-feira (17). A atividade acadêmica está disponível no canal da instituição no YouTube. Assista aqui.
A palestrante foi a professora da Faculdade de Políticas Públicas e Gestão de Negócios da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) Catarina Dallapicula. Doutora e mestre em Educação, a docente realiza e orienta pesquisas ligadas ao acesso e permanência da população LGBTI à educação. A orientadora pedagógica foi a procuradora regional do Trabalho Lutiana Nacur Lorentz.
Identidade de gênero e orientação sexual – De início, Dallapicula apresentou definições sobre identidade de gênero e orientação sexual, bem como fez um breve histórico do movimento em defesa da população LGBTQIAPN+. Ela explicou que a percepção de que alguns objetos são caracterizados como masculinos ou femininos não é absoluta, mas marcada como a cultura produz leitura sobre esses objetos.
“Isso também vai ser aprendido pelo capital. Aquilo que no discurso hegemônico é considerado como a mulher ou o homem ideal vai mudando. Marcadores da virilidade, da masculinidade e do lugar de poder vão sendo atualizados e produzem novos consumos”, explicou.
De acordo com Dallapicula, a lógica da normatividade de gênero e sexual abate desde as pessoas trans até as pessoas cis; desde bissexuais, gays, lésbicas até as heterossexuais. “Está todo mundo submetido a essa lógica culturalmente compartilhada. Então nós podemos rever como negociamos com ela. E, culturalmente, como tratamos os sujeitos que são dissidentes”, acrescentou.
A professora lembrou que penas em 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou da Classificação Internacional de Doenças (CID) as sexualidades dissidentes da heterossexualidade. E, em 1995, a transexualidade foi retirada da categoria de transtornos mentais. “Durante muito tempo no Brasil essa população foi ignorada. Quando se começou a olhar para ela, foi apenas na pauta da saúde, pela emergência da epidemia de HIV/Aids”, completou.
Acesso à educação e trabalho – A professora lembrou que a escolarização de pessoas LGBTQIAPN+ é marcada por processos de exclusão que afetam até mesmo pessoas heterocissexuais vistas como dissidentes. Por isso, segundo ela, é preciso pensar em projetos de acesso ao trabalho para que não fique reduzido a subempregos.
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