Rede Nacional de Transformação Digital discute desafios da inovação no Ministério Público

Qual desafio de inovação você enfrenta na sua organização? Essa pergunta norteou a primeira reunião da Rede Nacional de Transformação Digital do Ministério Público na tarde desta segunda-feira, 31. Um dos objetivos da iniciativa da Escola Superior MPU (ESMPU), criada em 2 de outubro de 2020, é avançar no desenvolvimento das competências voltadas para a inovação de forma consistente, interdependente e colaborativa, com vistas a preparar o caminho e as ações institucionais para iniciativas de real impacto nos próximos dez anos.

“Queremos agradecer a todos que atenderam ao nosso convite e que estão investindo seu tempo na mudança e na inovação do MP. A rede foi pensada no contexto da pandemia, em razão da urgência de digitalizarmos a nossa atividade e o nosso negócio. Contudo, sabemos que a transformação digital é uma das inúmeras inovações possíveis. Portanto, essa rede carrega um grande potencial e queremos explorá-lo, além de oferecer um espaço para o debate qualificado, em que a colaboração, a troca, a interação e o intercâmbio sejam propulsores para a transformação e o aprimoramento do MP”, disse o secretário de Educação, Conhecimento e Inovação da ESMPU, Carlos Vinicius Alves Ribeiro, na abertura do encontro.

Ecossistema de inovação do MP – A assessora-chefe de Estratégia e Inovação Institucional da ESMPU, Lígia Maria Lopes Reis, apresentou os principais achados do 1º Diagnóstico do Ecossistema de Inovação do MP, um projeto exploratório realizado por meio de contratação do Instituto Veredas. “A intenção é construir um repositório para fomentar a inovação no Ministério Público e gerar evidências para nortear novos projetos”, explicou.

A pesquisa qualitativa identificou algumas definições de inovação para o MP, como a de que não é um fim em si ou exclusividade do setor privado, está constantemente associada a mudanças, tanto no desenvolvimento de novas formas de solucionar problemas de forma disruptiva quanto na mudança de algo que já existe, com foco em contexto ou melhoria. E, principalmente, é dependente de pessoas.

O diagnóstico apontou como principais barreiras à inovação a resistência dos integrantes da instituição, a sobrecarga de trabalho, o pouco espaço para cometer erros, a escassez de recursos humanos e orçamentários, os processos burocráticos de contratação e as barreiras normativas e regulatórias. O documento também identificou uma cultura organizacional dependente da iniciativa das lideranças e vinculada à ideia de aquisição de equipamentos tecnológicos. O relatório final será divulgado em 17 de junho.

InovaEscola – A assessora-chefe do Laboratório de Inovação e Aprendizagem da ESMPU, Diana dos Santos, apresentou as realizações do InovaEscola – Laboratório de Transformação da ESMPU até o momento e ressaltou a importância de uma agenda conjunta e de um ambiente de experimentação de soluções que permita o erro. Santos enfatizou a característica interinstitucional e horizontal da rede. “A contribuição de cada um é ampla, livre e flexível. Não estamos ditando como será essa troca. Cada um vai olhar para a sua instituição e dizer como pode contribuir”, completou.

Como aderir à Rede – Para aderir, é importante conhecer a Portaria n. 177/2020, fazer o download do anexo editável do documento e minutar o termo de adesão da instituição, que deve ser enviado para o e-mail inova@escola.mpu.mp.br em formato PDF. Depois é só aguardar a confirmação de adesão. Saiba mais.

A proposta é fazer mais duas reuniões no segundo semestre, agosto e setembro, partindo de uma agenda comum para construir uma política de inovação coletiva. A reunião está disponível no canal da ESMPU no YouTube para quem não acompanhou ao vivo. Confira aqui.

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