Websérie “Gestão do teletrabalho”: como lidar com o novo normal

“A vida é impermanência. Precisamos estar preparados para a mudança porque ela é real”, afirmou Márcio Pereira, professor e servidor do Ministério Público Militar (MPM), durante o terceiro encontro da websérie “Gestão do teletrabalho”. A palestra virtual foi transmitida pelo canal da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) no YouTube, nesta quarta-feira (14/10). Assista aqui.

Ao discorrer sobre o tema “Liderando a reconstrução da vida e do trabalho no novo normal”, Márcio Pereira disse que precisamos aprender a gerenciar as mudanças porque elas fazem parte da vida. Ele, que é da área de saúde, lembrou que, quando chegou a Brasília, na década de 1990, o cenário era bem parecido com o atual: crise econômica, com confisco de poupanças, seguida de troca de presidente; altas taxas de suicídios, pandemia de HIV, privatizações. Um verdadeiro caos, não muito diferente do atual, segundo ele.

“Não existe um novo normal. O que existe é a vida. Precisamos gerenciar o presente, abandonar seletivamente o passado e criar o futuro, que precisa ser construído hoje. Estamos aqui para discutir modelos mentais e resiliência na gestão da vida e das mudanças no trabalho diante da crise sanitária mundial e da implantação do teletrabalho”, completou.

Filosofia – Segundo Pereira, a filosofia ajuda o ser humano a abraçar a mudança como parte da realidade e a buscar estratégias para organizar a vida. “Quantas pessoas choraram com o teletrabalho repentino e hoje estão felizes e querem permanecer nessa modalidade?

O que a gente busca para poder operar é uma estabilidade, mas quando ela chega queremos aprisioná-la. Preferimos o tédio ao novo”, disse.

Ele explicou ainda que há duas formas de reagir às mudanças no meio ambiente: força ou adaptação. A primeira é automática e busca a solução de problemas de curto prazo. A segunda desenvolve recursos para lidar com o que acontece lá fora. “Se o problema perdurar, é melhor ter recursos de adaptação para não ser extinto”, reforçou.

Competência – Para ele, o antigo normal deu aos trabalhadores as competências técnicas necessárias para o trabalho (conhecimentos e habilidades – hard skills), que são quantificáveis: formação específica, ferramentas de trabalho, normas, técnicas, idiomas, cálculo, informática. O novo normal exige competências qualificáveis (atitudes – soft skills), como liderança, flexibilidade, negociação, criatividade, resolução de conflitos e proatividade.

O último encontro da websérie “Gestão do teletrabalho” será na próxima quarta-feira (21/10). Confira as informações e inscreva-se.