Aberta seleção de artigos para publicação sobre perspectivas de gênero e o sistema de justiça brasileiro

A Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) abriu seleção de artigos para a publicação “Perspectivas de gênero e o sistema de justiça brasileiro”, exercício de 2019. Podem participar membras(os) e servidoras(es) do Ministério Público da União (MPU) e colaboradoras(es) externas(os) à instituição. A proposta pode ser enviada até o dia 13 de maio por meio de formulário próprio (clique para acessar o link), com todos os campos preenchidos e com os originais do artigo anexados, obrigatoriamente, em formato .doc. 

Serão aceitos textos originais inéditos, adaptados de monografias ou resumos de dissertações e teses. O artigo deverá ter, no máximo, 30 páginas e estar em conformidade com as normas editoriais do edital de seleção. Os títulos deverão ser sintéticos e o resumo deve conter de 100 a 250 palavras e de 6 a 8 palavras-chave, ambos em língua portuguesa e em língua inglesa, preferencialmente. O corpo do trabalho ainda deve conter minicurrículo da autora ou do autor, sumário, introdução, desenvolvimento, conclusões e referências bibliográficas. 

Os textos serão avaliados e selecionados pela Câmara Editorial da ESMPU no período entre 15 de maio a 28 de junho de 2019. A previsão é de que os artigos selecionados sejam divulgados no segundo semestre.  Ressalta-se que a publicação dos textos não implicará remuneração às autoras e aos autores ou qualquer outro encargo atribuído à ESMPU.

 Anúncio - O anúncio da publicação foi feito pelo diretor-geral da ESMPU, João Akira Omoto, durante a atividade “Diálogo sobre Gênero: avanços e desafios institucionais”, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, que aconteceu nesta sexta-feira (08/03) no Memorial do Ministério Público Federal, com a participação da procuradora-geral da República, Raquel Dodge; da deputada federal Joenia Wapichana, a primeira mulher indígena a ser eleita para a Câmara dos Deputados; da procuradora regional da República da 4ª Região Carmen Elisa Hessel (representando o Conselho Nacional do Ministério Público); da promotora de Justiça Maria Gabriela Mansur (MPSP); e da conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Maria Tereza Uille Gomes. 

Segundo Akira, a obra tem por objetivo registrar este momento histórico de debate sobre questões de gênero, refletindo sobre impactos e resultados concretos dessas discussões no funcionamento do sistema de justiça. “Ao longo de 2018, ocorreram várias iniciativas para abordar as relações de gênero em diferentes instituições ligadas ao sistema de justiça, em especial no Ministério Público. No âmbito da ESMPU, foi elaborado plano de ação para incorporar a perspectiva de gênero nas atividades institucionais. O diagnóstico inicial mostrou a desigualdade de participação entre mulheres e homens”, explicou. 

Ele ainda citou algumas medidas instituídas para promover a paridade entre mulheres e homens no MPU, como a regionalização das atividades acadêmicas, a ampliação de oferta de cursos a distância e a criação de linha de pesquisa de caráter transversal sobre o tema de gênero.