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Ao abrir Programa de Deontologia, Augusto Aras ressalta importância da cultura do respeito

Série de doze encontros busca promover o diálogo, o respeito à diversidade humana e o pluralismo de ideias no MP brasileiro
publicado: 23/02/2021 21h48 última modificação: 05/03/2021 13h23

O procurador-geral da República, Antônio Augusto Brandão de Aras, deu início, na noite desta terça-feira (23/2), ao Programa de Deontologia do Ministério Público Brasileiro, promovido pela Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) e pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), no âmbito do projeto "Respeito e Diversidade". A série de doze encontros busca promover a cultura do diálogo, do respeito à diversidade humana e do pluralismo de ideias.

Na abertura da aula inaugural, Augusto Aras ressaltou que a necessidade de realização desse programa adveio do significativo impacto que as recentes mudanças sofridas pela humanidade ocasionam na vivência profissional, principalmente após a popularização da Internet, o avanço da globalização e a pandemia que atinge toda a humanidade. “É com grande satisfação que iniciamos hoje um novo momento na formação dos membros do Ministério Público brasileiro, tendo em vista o objeto amplo e desafiador que esse curso desenvolverá. Vamos juntos promover a cultura do respeito”, ressaltou.

Em sua fala, Aras enfatizou que os deveres deontológicos da carreira do MP devem ser reafirmados na urbanidade e no decoro diante dessa nova e desafiadora realidade institucional. “Incumbe ao CNMP zelar pelo cumprimento das leis e dos deveres funcionais. Dessa forma, temos buscado promover ações voltadas à capacitação e ao debate pautado no pluralismo e no respeito aos direitos humanos e na vocação de combate à macro e micro corrupção”, completou.

Todas as conferências serão conduzidas pelo psiquiatra e psicanalista Jorge Forbes e contarão com a participação dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia e Dias Toffoli; do jornalista Heraldo Pereira; e dos juristas Miguel Reale Junior, Tercio Sampaio Ferraz e Oscar Vilhena Vieira. Os encontros vão até o dia 11 de maio, sempre às terças-feiras, das 18h às 20h, por meio de plataforma de videoconferência. O programa tem como orientador pedagógico o secretário de Educação, Conhecimento e Inovação da ESMPU, promotor de Justiça Carlos Vinícius Ribeiro.

Ser humano não é ser natural – A primeira conferência teve como tema “Ser humano não é ser natural”. Segundo Jorge Forbes, os animais são seres naturais, mas o ser humano não. “Nós nascemos sem um programa que nos defina. A determinação do DNA não é unívoca na expressão da vida. Temos capacidade de acordar e fazer dormir os genes. A nossa experiência precede à essência, diferente dos outros animais”, explicou.

O psiquiatra ainda abordou as mudanças éticas dos tempos atuais e o processo de passagem do simbólico para o real. Para finalizar, citou o psicanalista Jacques Lacan: “Eu falo sempre a verdade, não toda, porque dizê-la toda é impossível”.

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