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Curso sobre tráfico internacional de seres humanos entra na pauta do MPF/GO

Promovida pela ESMPU até esta sexta-feira (9), atividade reúne em Goiânia (GO) especialistas de todo o Brasil, que, além de transmitir conhecimentos sobre o tema, discutem estratégias de enfrentamento ao tráfico e de proteção às vítimas.
publicado: 08/11/2012 14h25 última modificação: 31/03/2017 17h28

O Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) sedia o Curso de Aperfeiçoamento “Tráfico internacional de seres humanos: migração e imigração”, da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU), que começou ontem (7) e continua até a próxima sexta (9). Dividido em quatro módulos temáticos, o treinamento tem como objetivo a discussão, a compreensão e a construção de estratégias de enfrentamento ao tráfico internacional de seres humanos.

Ao abrir o curso, o orientador pedagógico da atividade, o procurador da República Daniel de Resende Salgado, destacou que as discussões terão um viés mais dinâmico, uma vez que não é de interesse do curso somente repassar informações, mas tentar, em conjunto com os participantes, construir um conhecimento para ser multiplicado.

O primeiro módulo – “Enfrentamento ao tráfico humano - eixo preventivo e atenção à vítima” – foi ministrado pela diretora do Instituto Brasileiro de Inovações pró-Sociedade Saudável, mestre em Saúde Coletiva e doutoranda em Serviço Social, Estela Márcia Scandola.

Durante a sua exposição, elencou os princípios aptos a intensificar a prevenção ao tráfico humano. “É preciso reconhecer que a problemática existe. Precisamos de um enfrentamento de forma coletiva e também devemos inserir a temática no cotidiano, bem como identificar os grupos mais vulneráveis. Sem falar a linguagem dos grupos e criar um sentido de pertencimento, é complicado assegurar a proteção às vítimas. Após, é preciso investir na educação de protagonistas e atuar nas cadeias produtivas e nos processos de globalização”, explica.

Em um segundo momento, a palestrante Estela Scandola apresentou o documentário “O lado negro do chocolate”, produzido pelo jornalista dinamarquês Miki Mistrati. O longa-metragem denuncia o tráfico e a exploração de crianças que são vendidas como escravas na Costa do Marfim para trabalhar em plantações de cacau. O fruto produzido nessas plantações serve como base para os produtos das maiores fabricantes de chocolate do mundo, como a Nestlé e a Cargill.

O primeiro dia do curso foi encerrado com discussões sobre as cadeias de exploração sexual infantil e de tráfico de pessoas.

Programação – O treinamento continua com mais dois módulos temáticos (na sexta-feira, está previsto mais um módulo). Nesta quinta (8), a procuradora do trabalho Débora Tito Farias apresenta o tema “Atuação trabalhista no enfrentamento ao tráfico humano”. Para encerrar o dia, o delegado da Polícia Federal Luciano Ferreira Dornelas discute o “enfrentamento repressivo ao tráfico humano – a investigação policial”.

No último dia do curso, a discussão fica a cargo do procurador da República Luiz Fernando Voss Chagas Lessa, que abordará o tema “Enfrentamento repressivo ao tráfico humano – cooperação jurídica internacional”. O encerramento das atividades está marcado para o meio-dia desta sexta-feira (9).

Fonte: Assessoria de Comunicação do Ministério Público Federal em Goiás

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