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Dia Mundial do Meio Ambiente: ciclo de palestras discute energia elétrica no Brasil e energias alternativas

Foram discutidas as políticas e programas brasileiros de conservação de energia elétrica, geração de energia solar pelos consumidores, utilização da biomassa para a geração de energia e o Programa de Eficiência Energética em Edificações, do Ministério do Meio Ambiente.
publicado: 06/06/2016 08h00 última modificação: 31/03/2017 17h22

O panorama da energia elétrica no Brasil e as opções de energia alternativa estiveram em debate na última terça-feira (07/06), como parte da programação em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Foram discutidas as políticas e programas brasileiros de conservação de energia elétrica, geração de energia solar pelos consumidores, utilização da biomassa para a geração de energia e o Programa de Eficiência Energética em Edificações, do Ministério do Meio Ambiente.

Na abertura do evento, o diretor-geral da ESMPU Carlos Henrique Martins destacou a importância do tema diante dos impactos que vem sendo trazidos pelas mudanças climáticas. “Quero parabenizar os organizadores por essa iniciativa. Precisamos repensar os modos de utilização da energia para que tenhamos bons resultados com o menor gasto possível”, afirma.

Também presente ao evento, o procurador-chefe da Procuradoria da República no Distrito Federal, Marcus Marcelus Gonzaga Goulart, enfatizou a importância do tema e agradeceu a presença dos palestrantes, que são especialistas no assunto. Para Marcus Marcelus, a Administração Pública dá exemplos, ao colocar em pauta esse tipo de discussão e, principalmente, ao adotar providências que reduzem o consumo de recursos como a energia elétrica.

Na primeira exposição, o coordenador-geral de Eficiência Energética do Ministério de Minas e Energia (MME), Carlos Alexandre Principe Pires, falou sobre as principais políticas e programas de conservação de energia elétrica no Brasil. Dentre os programas apresentados, destacou o Selo Procel, concedido aos equipamentos que apresentam os melhores índices de eficiência energética dentro da sua categoria; e o Selo Conpet, destinado aos equipamentos domésticos com melhores índices de consumo de gás.

Carlos Alexandre também apresentou o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) aplicado de forma voluntária aos veículos leves movidos a gasolina, etanol ou GNV (de fábrica). A ferramenta permite ao consumidor verificar os valores de referência da quilometragem por litro e a classificação de 847 modelos de automóveis. A tabela pode ser acessada no site do Inmetro, por meio do link “Tabelas de Eficiência”, ou pelo aplicativo “Etiquetagem Veicular”, disponível para celular e tablet nas lojas Google Play e App Store. “Além de contribuir para a redução do consumo de energia e de combustíveis, contribuindo assim para o orçamento doméstico dos consumidores, a adoção dos selos de etiquetagem também colabora para a redução das emissões de poluentes”, afirma.

Na segunda palestra, o assessor técnico em ciência e tecnologia do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Antonio Geraldo de Paula Oliveira, falou sobre as experiências realizadas no Brasil com a utilização da biomassa para a geração de energia. “Temos utilizações bem sucedidas na indústria metalúrgica, celulose e papel e na produção de biocombustíveis”, destaca.

Em relação aos biocombustíveis, Antonio destacou as novas formas de aproveitamento da cana-de-açúcar para a produção de etanol e uma nova variedade da planta denominada “supercana” ou “cana energia” que deve provocar uma verdadeira transformação no setor sucroenergético. “A produtividade da supercana é muito maior, podendo chegar a até três vezes mais do que a planta tradicional”.

As facilidades para a implantação de painéis solares trazidas aos consumidores pela atualização da Resolução nº 482, da Agência Nacional de Energia Elétrica foi apresentada pela professora da Universidade de Brasília, Loana Nunes Velasco. Ela explicou que a energia gerada a mais pelos consumidores pode ser fornecida à rede elétrica gerando um crédito para as contas futuras. “O potencial solar do país aliado à redução nos valores do investimento para a instalação dos painéis solares tem incentivado muitos consumidores a adotar esse modelo de geração de energia”

A analista de infraestrutura do Ministério do Meio Ambiente Alexandra Albuquerque Maciel falou sobre o Projeto 3E de Eficiência Energética em Edificações. O programa tem o objetivo de desenvolver o mercado de eficiência energética em edificações comerciais e públicas, visando contribuir para a economia de eletricidade e para a redução de emissões de gases de efeito estufa.

Por meio do aplicativo Projeteee é possível acessar informações bioclimáticas de aproximadamente 400 cidades brasileiras. O programa oferece dados específicos como chuvas, ventos e umidade da cidade em que se planeja a obra, assim como informações sobre materiais e desenhos próprios para uma projeção sustentável. “Nas construções que já são projetadas com conceitos de eficiência energética, é possível reduzir o consumo de energia em até 50%”, destaca.

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