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Encerramento da Semana de Inovação da ESMPU debate economia comportamental e novos futuros

Palestras de Thaís Gargantini e Lígia Zotini marcaram o último dia de atividades nesta quinta-feira (9/6)
publicado: 09/06/2022 18h34 última modificação: 09/06/2022 18h48
Imagem: Divulgação/ESMPU

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“Às vezes somos muito mais Homer Simpson do que Super-Homem”, refletiu a diretora da Kayma Brasil, Thaís Gargantini, sobre como devemos observar e questionar nossas percepções, conceitos e ideias para melhorar a qualidade dos nossos processos decisórios. A palestra “Estamos no controle das nossas decisões?” abriu o último dia da 1ª Semana de Inovação da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) nesta quinta-feira (9/6).

Gargantini destacou a coexistência de modelos que representam a dualidade entre a economia tradicional e a economia comportamental. O primeiro – modelo da racionalização – demonstra que o ser humano tem a habilidade de racionalizar e justificar seus próprios atos, expandindo questões morais e éticas, mas mantendo as perspectivas padrão sobre esses conceitos. Já o modelo do engajamento demonstra que não existe um fator único capaz de contribuir, de maneira significativa, para o engajamento pessoal e profissional. Assim, as intervenções e ferramentas devem ser uma combinação de fatores.

Segundo Gargantini, as organizações humanas trabalham no sentido de questionar perspectivas e modificar comportamentos padronizados. Nesse contexto, a economia comportamental surge para apresentar desafios na criação de modelos ou padrões que expliquem essas atitudes comportamentais. “É muito mais uma observação de maneira empírica sobre o comportamento humano, levando em consideração questões da Psicologia, para tentar explicar o gap entre como deveríamos nos comportar e como de fato nos comportamos”, afirmou.

Futuros possíveis – A palestra de encerramento contou com a fundadora da Voicer e pesquisadora de futuros, Lígia Zotini, com o tema “Futuro(s): novas tecnologias, novos humanos e novos ecossistemas”. Ela suscitou o debate sobre as muitas possibilidades de futuros – possíveis, prováveis e desejáveis – e apresentou pesquisas atualizadas sobre os pilares das novas tecnologias e economias humanas do mundo.

Na visão dela, mudanças tecnológicas são revolucionárias, pois criam fluxos de informações mais livres e transparentes entre empresas, além de novos papéis entre empresas, pessoas e máquinas, gerando um novo ecossistema de informações, mais amplo e inclusivo. “Pode-se definir o futuro de toda a humanidade em ecossistemas suportados por tecnologia, alimentados por dados e abertos a todos”, acrescentou.

Zotini destacou que futuros têm a ver com as diversas dimensões de tempo que coexistem no mesmo espaço. Segundo ela, enquanto ativadores de futuros, o grande desafio atual é exercermos papéis de maneira que os outros também os compreendam. “Sem uma transformação estratégica com protagonismo das pessoas, a digitalização é um caminho para lugar nenhum”, concluiu.

InovaEscola – A 1ª Semana de Inovação da ESMPU marca os dois anos de existência do InovaEscola e resulta do estudo de design etnográfico, realizado em 2021, em que os usuários sugeriram uma semana da inovação como forma de criar um espaço para que membros e servidores possam conectar-se, aperfeiçoar-se e expandir seus horizontes.

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