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ESMPU 25 anos: evento celebra trajetória da instituição e debate educação a serviço da transformação

Transmitida pelo YouTube, comemoração reuniu procuradores-gerais dos ramos do MPU, ex-diretores, docentes e integrantes da Escola
publicado: 11/12/2025 21h38 última modificação: 11/12/2025 21h39
Exibir carrossel de imagens Fotos: Leobark Rodrigues/MPF

Fotos: Leobark Rodrigues/MPF

“O Ministério Público é a única instituição citada expressamente pela Constituição Federal como a guardiã do regime democrático. Numa época em que as leis e a jurisprudência mudam com velocidade, é indispensável que tenhamos na Escola Superior do MPU um lugar em que possamos buscar o estado atual da arte do Direito.” A afirmação é do procurador-geral da República, Paulo Gonet, ao prestigiar o evento realizado nesta quinta-feira (11), em Brasília, e que celebra os 25 anos da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU). Assista aqui. Confira as fotos do evento.

A programação comemorativa contou com uma mesa-redonda, formada pelos quatro chefes de cada ramo do MPU: além de Paulo Gonet, o procurador-geral do Trabalho, Gláucio Araújo de Oliveira; o procurador-geral de Justiça Militar, Clauro Roberto de Bortolli; e o procurador-geral do Distrito Federal e Territórios, Georges Seigneur. O debate foi mediado pela diretora-geral da ESMPU, Raquel Branquinho, que convidou os participantes a refletirem sobre o papel e o futuro da ESMPU neste momento desafiador para a educação. 

“Estamos em uma época em que se duvida do que se vê. A ESMPU mantém a credibilidade necessária para ouvir todas as vozes e testar o que é dito. Como guardiões do regime democrático, precisamos aprofundar técnicas e práticas para cumprir essa missão”, afirmou o procurador-geral da República. Bortolli destacou que a ESMPU é um espaço democrático, absolutamente importante para o Ministério Público Militar. “Aqui falamos e somos ouvidos. Neste tempo em que se desacredita de tudo, a Escola é um porto seguro para onde podemos recorrer”, destacou.

Segundo Oliveira, o palco para a capacitação de membros e servidores do Ministério Público do Trabalho é a Escola. “A iniciativa de ouvir cada ramo é fundamental para o desenvolvimento dos integrantes da instituição. Acredito na qualidade do ensino ofertado”, acrescentou. Para Seigneur, a ESMPU tem o desafio de integrar os quatro ramos com suas atuações tão distintas. “Precisamos conciliar alguns pontos, entender as transformações que estão ocorrendo e ter um olhar comum para construir uma integração que vai auxiliar a nossa atuação no futuro.”

Educação e trabalho – O evento contou com a palestra "Perspectivas da educação profissional no Brasil e o papel das Escolas de Governo”, proferida pela pesquisadora e professora Acácia Zeneida Kuenze, que discorreu sobre o papel da educação corporativa e o futuro do ensino. A exposição foi mediada pela coordenadora de Ensino do MPF, a subprocuradora-geral da República Silvana Batini.

“É um orgulho muito grande ver a transformação, o tamanho e a dimensão que a Escola alcançou nesses 25 anos. Que a instituição siga forte em seus propósitos. A professora Acácia Kuenzer é uma especialista na educação de adultos, especialmente na formação profissional da área jurídica. É altamente relevante para a Escola pensar e refletir acerca dos seus processos de trabalho e ouvir essa voz abalizada sobre metodologia de atuação”, destacou Batini. 

A professora Acácia Kuenzer abordou a dimensão estratégica das escolas do Ministério Público sob duas perspectivas: organização pedagógica e formação dos docentes. “As mudanças no mundo do trabalho trazem novas demandas para as escolas, principalmente aquelas que formam profissionais que atuam para promover a justiça social. Nessa realidade, teremos novas demandas em todas as áreas. É muito fácil desenvolver competências técnicas. A dificuldade é o desenvolvimento das competências cognitivas complexas e comportamentais”, acrescentou.

Ao indagar sobre a função da ESMPU, a professora destacou o desenvolvimento de competências para que o MPU cumpra sua missão. “Temos de focar a prática no trabalho. Os pontos de partida são o planejamento estratégico do MPU, os problemas da prática que impactam os resultados negativamente e a identificação das competências necessárias”, pontuou.

Homenagem – O diretor-geral adjunto da ESMPU, Manoel Jorge e Silva Neto, homenageou os integrantes mais antigos da instituição, que receberam uma placa comemorativa. “Homenageamos aqueles que se dedicaram à nossa Escola e entregaram aquilo que há de mais precioso para o ser humano, o tempo e o trabalho. Por isso, estamos muito felizes em tê-los conosco”, agradeceu.

Obra coletiva – Na ocasião, houve o lançamento da obra coletiva “Sociedades hiperconectadas: atuação do MPU diante das transformações contemporâneas”. A publicação reúne 16 artigos de membros e servidores do MPU, pesquisadores, docentes e especialistas. Confira aqui.

A ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Edilene Lôbo falou em nome dos autores. “Parabenizo todos que constroem essa Escola. A disrupção tecnológica atual exige a necessidade de se estudar as tecnologias emergentes. O problema, de fato, não é a tecnologia, mas o mau uso, o uso inescrupuloso. Compreender tudo isso significa propor, sugerir a mudança desse status quo. Compreender esse admirável mundo novo, que a rigor repete o passado, é essencial para a nossa atuação”, completou.

Confira o videodocumentário produzido com os depoimentos dos diretores-gerais que passaram pela ESMPU.

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