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ESMPU e PR/DF lançam campanha para cadastrar doadores voluntários de medula óssea
“Não seja indiferente. Faça a diferença”. Com esse slogan, a Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) e a Procuradoria da República no Distrito Federal (PR/DF) lançaram esta semana uma campanha para incentivar membros, servidores, estagiários e funcionários terceirizados a cadastrarem-se como doadores voluntários de medula óssea. A iniciativa conta com a parceria da Fundação Hemocentro de Brasília e da Fundação Procurador Pedro Jorge de Melo e Silva (FPJ).
Estima-se que atualmente dois mil brasileiros, entre crianças e adultos, esperam por um transplante. O número é alto porque há apenas 25% de chance de se encontrar uma medula compatível em alguém da família. Fora dela, é ainda mais difícil: em um grupo de cem mil pessoas, apenas uma poderá ser doadora. Para diminuir a fila de pacientes, seria necessário elevar o número de doadores cadastrados, que hoje é de cerca de um milhão, para cinco milhões.
Dividida em duas etapas, a campanha terá palestra de esclarecimento ministrada pelo hematologista Rodolfo Kameo e pela chefe da Captação de Doadores Voluntários do Hemocentro, Verônica de Andrade. Os palestrantes apresentarão detalhes do processo de doação de medula e esclarecerão dúvidas sobre o tema.
A segunda fase da campanha ocorrerá com o cadastramento dos voluntários. Técnicos do Hemocentro serão os responsáveis pelo cadastro, feito com a coleta de 10ml de sangue e o preenchimento de um formulário. Os dados pessoais e as informações obtidas com o exame do material coletado irão para o Registro Nacional de Doadores de Medula (Redome), administrado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Informação e conscientização – A medula óssea não deve ser confundida com a medula espinhal, tecido nervoso localizado dentro da coluna. Conhecida popularmente como tutano, a medula óssea é um líquido presente em todos os ossos do corpo. Nela são produzidos os componentes do sangue: hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas. Pacientes que aguardam na fila de transplante têm doenças causadas por uma deficiência na medula, que não produz a quantidade necessária desses componentes do sangue. A cura, na maioria das vezes, está nas células sadias de um doador.
Pessoas com idade entre 18 e 55 anos, com boa saúde e que não tenham doença infecciosa ou incapacitante podem ser doadoras. Fica impedido de doar quem é portador de hepatite B ou C, HIV, sífilis, doença de Chagas, leucemia ou algum tipo de câncer no sangue. Não há exigência de peso mínimo ou restrições para pessoas que tiveram hepatite A ou meningite, tatuados, grávidas, diabéticos e hipertensos.
Além de informar, outra meta da campanha é conscientizar os interessados quanto ao compromisso que vão assumir, pois o processo de doação não é tão simples: havendo compatibilidade, o doador deverá viajar a outro estado por conta do Sistema Único de Saúde (SUS) para submeter-se a um procedimento cirúrgico.
A operação não oferece riscos à saúde, dura em média 90 minutos e é realizada em hospital, com anestesia geral e internação de pelo menos 24 horas. Para retirar a medula, são feitas punções com agulhas nos ossos da bacia. Depois da cirurgia, se houver necessidade, o doador receberá analgésicos e em uma semana poderá retomar suas atividades. A medula óssea se recompõe em 15 dias.
Os voluntários ficam registrados no Redome até os 55 anos e poderão doar a medula mais de uma vez. Devem, portanto, manter seu cadastro atualizado.
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