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Exposição homenageia mártir do Ministério Público

Fundação Pedro Jorge (FPJ) retrata em mostra itinerante detalhes da vida e do assassinato do procurador Pedro Jorge de Melo e Silva, morto em 1982 durante a apuração de desvio de verbas públicas, no caso conhecido como“Escândalo da Mandioca”.
publicado: 16/11/2012 15h29 última modificação: 31/03/2017 17h25
Em março de 2012, o Ministério Público Federal (MPF) relembrou os 30 anos da morte do procurador Pedro Jorge de Melo e Silva. Para homenagear seu patrono, a Fundação Pedro Jorge (FPJ) montou uma exposição que retrata a coragem e a devoção do procurador alagoano à justiça e à ética. A homenagem tem o objetivo de apresentar aos membros e servidores do MPF e à sociedade em geral informações sobre a vida e os fatos que envolveram o assassinato do procurador. Tendo sido um dos casos mais polêmicos da história recente brasileira, o episódio que ficou conhecido como “Escândalo da Mandioca” ocorreu no período de 1979 a 1981, na agência do Banco do Brasil de Floresta (PE), resultando em um desvio de 1,5 bilhões de cruzados, o equivalente a 30 milhões de reais em valores atuais.


Conteúdo da mostra - A exposição “Pedro Jorge: um mártir da Justiça brasileira” é constituída por dois painéis que relatam a vida e os fatos ligados ao “Escândalo da Mandioca”. A mostra conta ainda com objetos de uso pessoal de Pedro Jorge, como os óculos que usava ao ser assassinado, as medalhas de mérito e as homenagens feitas ao mártir do Ministério Público, além de documentos históricos, certificados acadêmicos, um vídeo que mostra trechos do programa Globo Repórter, que foi ao ar dois meses após o assassinato, e a digitalização de notícias e reportagens de grandes jornais e revistas desde a época de seu assassinato até hoje. Os visitantes podem também consultar as cartas e os telegramas recebidos pela viúva após a tragédia – incluindo carta do então presidente da República, João Figueiredo –, além de documentos oficiais e artigos escritos pelo procurador assassinado.


Grande parte do material que compõe a exposição foi guardado, e recentemente doado à Fundação, pela viúva do procurador, Maria da Graça Viegas. A exposição conta com apoio da Associação Nacional dos Procuradoras da República (ANPR) e da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU), e tem patrocínio da Caixa Econômica Federal.


Exposição itinerante - A mostra foi lançada em 31 de outubro, no 29º Encontro Nacional dos Procuradores da República, e vai percorrer as unidades do MPF de todo o país até o fim de 2013. Na próxima segunda-feira, 19 de novembro, será lançada na Procuradoria da República em Pernambuco (PR/PE), de onde seguirá para a Procuradoria Regional da República – 5ª Região (PRR-5), em Recife (PE), local em que permanecerá até dezembro. Em janeiro de 2013, a exposição ficará aberta para visitação na Procuradoria da República em Alagoas (PR/AL) e seguirá para a Procuradoria da República no Tocantins (PR/TO), onde ficará exposta na recém-inaugurada Biblioteca Procurador Pedro Jorge.


As procuradorias interessadas em receber a exposição em 2013 deverão entrar em contato com a FPJ para agendamento, pelos telefones (61) 3313-5138 e 3313-5110. No final de 2013, a fundação pretende doar parte do acervo da exposição ao Memorial da Procuradoria Geral da República (PGR), para exposição permanente. Dessa forma, a memória de Pedro Jorge será preservada e vinculada de maneira definitiva à história da construção e do fortalecimento do Ministério Público Federal no Brasil.


* Com informações da Fundação Pedro Jorge

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