InovaEscola: abertura do 4º ciclo de debates aborda inovação em rede

“Não existe um manual para inovar. É um processo multicausal, gradual, complexo”, disse Pedro Cavalcante, gestor governamental do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), na abertura da primeira roda de conversa do 4º ciclo de debates do InovaEscola – Laboratório de Transformação da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU). Realizada nesta terça-feira (6/10), a atividade foi transmitida ao vivo pelo canal da ESMPU no YouTube e teve como tema "Inovação em rede: experiências compartilhadas para aceleração da transformação institucional". Assista aqui.

Diante da falta de um manual, Cavalcante apresentou insights para fomentar a inovação. O primeiro deles é a construção coletiva de soluções com o olhar do usuário. A heterogeneidade e a não linearidade devem ser a regra: juntar e misturar métodos para buscar uma solução. Aprender e disseminar conhecimento, experimentar e prototipar, adotar métodos ágeis de entrega e processo contínuo de formação completam a lista.

“Errar faz bem, é positivo e inevitável. O laboratório não é para ter soluções prontas. Errar várias vezes é a parte mais rica do processo de inovação: testar, errar, testar errar. Inovação é, de fato, um grande desafio”, completou.

Inova – O segundo convidado foi o promotor de Justiça Daniel Lima, criador e coordenador do Inova – Laboratório de Inovação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), criado há 15 meses. Ele contou a experiência adquirida nesse tempo e apresentou projetos em andamento. “O que torna a inovação perene é a transdisciplinaridade. O nosso laboratório foi pensado como uma caixa de ferramentas com ciência de dados, gestão e avaliação, design, comunicação e transformação”, explicou.

Ele também falou dos quatro objetivos do laboratório do MP fluminense: desenvolver experimentos de inovação; prospectar no Brasil e no exterior práticas, ferramentas, projetos inovadores e oportunidades de inovação; difundir cultura de aprendizado e inovação; e promover integração, criar e fomentar redes de inovação. “Para inovar você tem que ter casca grossa. Ninguém gosta de errar. É preciso muita resiliência. Queremos cruzar as fronteiras dos municípios, das instituições e do país. Prospectar para entender o que está acontecendo fora daqui. A gente nunca inovou sozinho”, completou.

2ª Roda de Conversa – O próximo encontro será nesta quinta-feira (8/10) com o tema "Blockchain: perspectivas no Brasil e no mundo”. Serão discutidos os atributos dessa tecnologia e como ela pode ser aplicada nos setores público e privado para garantir transparência e integridade nas cadeias de transações. As convidadas são Gabriela Ruberg, analista sênior do Escritório de Governança da Informação do Banco Central; e Vanessa Almeida, gerente de inovação digital do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

As inscrições para essa atividade estão abertas até as 12h do dia 8 de outubro. Inscreva-se. Mais informações pelo edital e no projeto pedagógico.