Notícias

Ministro do TST Cláudio Brandão profere palestra sobre transcendência no recurso de revista

Palestra fez parte do II Workshop Roteiro do Recurso de Revista, destinado aos membros do MPT, que ocorre na ESMPU até 21 de setembro
publicado: 20/09/2023 16h58 última modificação: 22/09/2023 17h16
Exibir carrossel de imagens Foto: Divulgação/ESMPU

Foto: Divulgação/ESMPU

A Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) sedia, de 19 a 21 de setembro, o II Workshop Roteiro do Recurso de Revista para os membros do MPT. Na tarde desta quarta-feira (20/9), a instituição recebeu o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Cláudio Mascarenhas Brandão, que discorreu sobre a transcendência no recurso de revista. A abertura da palestra ficou por conta do diretor-geral adjunto da ESMPU, Manoel Jorge e Silva Neto.

O ministro explicou que o recurso de revista começa a ser construído ainda na petição inicial. “É preciso pensar se você pretende construir uma tese jurídica que sirva para vincular a interpretação sobre aquela questão posta. Muitas pessoas pensam que é depois da decisão que se deve pensar nesse instrumento. A tese de fundo tem de ser pensada desde o início”, acrescentou.

Brandão reforçou que a transcendência é um pressuposto intrínseco do recurso de revista. O recurso apto a obter a apreciação é aquele que, além dos pressupostos comuns, ultrapasse o interesse das partes e justifique a atuação da corte superior. “A transcendência fará o tribunal ter uma outra compreensão de sua própria atuação para deixar de ser um tribunal de causas e se tornar um tribunal de teses, que seria um novo papel reservado ao TST”, disse.

Atuação ministerial – Sobre a atuação do Ministério Público em relação ao instrumento, Brandão mencionou a independência funcional do Parquet. “O recurso de revista não pode destoar das grandes linhas institucionais do órgão, se não cria um tal nível de dispersão que compromete a própria instituição”, opinou. Ele acrescentou que a ação civil pública tem em si o interesse institucional que sobreleva o interesse individual, que é a essência da transcendência. “A teratologia numa ACP é uma situação absolutamente excepcional”, completou.

Workshop – Durante três dias, os participantes têm feito reflexões sobre as dificuldades para a elaboração do recurso de revista e debatido em oficinas os melhores procedimentos e estratégias. Ao final, haverá deliberação colegiada com redação das conclusões sobre as práticas a serem adotadas.

O orientador pedagógico da atividade acadêmica é o subprocurador-geral do Trabalho Eneas Bazzo Torres. Além do ministro do TST, participam como docentes o subprocurador-geral do Trabalho Francisco Gérson Marques de Lima e a procuradora regional do Trabalho Ana Cristina Desirée Barreto Fonseca Tostes Ribeiro.

Confira aqui as fotos.

Secretaria de Comunicação Social
Escola Superior do Ministério Público da União
E-mail: secom@escola.mpu.mp.br
Telefone: (61) 3553-5300