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Procurador-geral da República ministra palestra para novos membros do MPT

Roberto Gurgel apresentou aos 35 procuradores do Trabalho relatos de seus 30 anos de trajetória no Ministério Público. Ele falou ainda sobre a atuação do Conselho Nacional do MP e da necessidade de integração interna e de aproximação com outras instituições.
publicado: 05/12/2012 15h17 última modificação: 31/03/2017 17h26
Com relatos sobre suas três décadas de trajetória no Ministério Público, que muito se relaciona com a própria história da instituição, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ministrou na manhã desta quarta-feira (5) palestra para os 35 novos membros do Ministério Público do Trabalho (MPT). Os participantes do X Curso de Ingresso e Vitaliciamento para Procuradores do Trabalho, realizado pela Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU), receberam de Gurgel as boas-vindas ao MPU, que, segundo ele, tem como um dos segredos de seu sucesso a renovação permanente. “ Praticamente a cada ano, chegam colegas trazendo uma nova visão, novas ideias. E isso é muito saudável para a instituição”, disse.

Durante sua apresentação, o procurador-geral da República lembrou aos novos membros que a instituição está em permanente construção e que é fundamental valorizar a contribuição e a dedicação de seus antigos membros a esse trabalho: “É preciso não ceder à tentação de achar que o mundo começou com a chegada de vocês. Somos na verdade herdeiros de uma construção coletiva que se iniciou há muito tempo. Hoje temos dificuldades, mas nossa situação é incomparavelmente melhor do que era no tempo daqueles colegas, que, apesar de todas essas dificuldades, elevaram a bandeira do Ministério Público, com sacrifícios imensos, numa época em que não havia prerrogativas, garantias”.

Roberto Gurgel também fez um breve histórico a respeito da elaboração, na atual Constituição, do capítulo dedicado ao MP. Segundo ele, isso representa um dos tratamentos constitucionais mais privilegiados que a instituição recebeu em todo o mundo. O procurador-geral da República destacou ainda a necessidade de aproximar o MPU das outras instituições e a importância da integração interna. “Não detemos o monopólio dos valores republicanos. Em todas as instituições existem pessoas tão sérias e dedicadas quanto as que ocupam nossas fileiras. Também temos nossas diferenças, mas elas são bem menores do que são os nossos pontos de convergência, tanto no MPU quanto nos MPs estaduais. Sempre que procuramos trabalhar juntos, o resultado para a sociedade é amplamente favorável”, afirmou.

No final de sua palestra, Gurgel falou sobre a atuação do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), do qual é presidente. Segundo ele, trata-se de um poderoso instrumento de união do MP brasileiro que vem atuando em duas principais frentes: a disciplinar, essencial para que a instituição seja digna do respeito da sociedade, e a de construção de um planejamento estratégico, que visa à definição de parâmetros e de uma certa homogeneidade na atuação, sem que se interfira na autonomia de cada instituição.

O procurador-geral da República também respondeu perguntas dos participantes do curso, que solicitaram, além de informações sobre a biografia do chefe do MPU, sua opinião a respeito de temas como o relacionamento entre os membros e a imprensa, o quinto constitucional e a quantificação da atuação do Ministério Público.

As atividades contaram com a participação do procurador-geral do Trabalho, Luís Camargo, e da diretora-geral-adjunta da ESMPU, Ivana Santos, que, ao encerrar as atividades da manhã, elogiou a atuação do procurador-geral da República no julgamento da Ação Penal 470: “Como membro do Ministério Público e como cidadã, quero agradecê-lo pela possibilidade de mudança no país. Vossa Excelência merece toda a honra do MP brasileiro”.

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