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Simpósio sobre racismo e intolerância religiosa tem início marcado por música, dança e poesia

Abertura contou com apresentações culturais e artísticas afro-brasileiras; evento segue até 30 de agosto com palestras e oficinas
publicado: 29/08/2018 16h12 última modificação: 29/08/2018 16h15

Os impactos da discriminação racial e religiosa no mundo do trabalho estão sendo discutidos no Simpósio “Negro(a), afro-religioso(a), quilombola: racismo e intolerância religiosa no Brasil e seus reflexos no mundo do trabalho”, iniciado nessa terça-feira (28/08),  na Procuradoria-Geral do Trabalho, em Brasília. A abertura foi marcada por música, dança e poesia, além de muita tradição, com apresentação da comunidade tradicional de terreiro “Exú, orixá da comunicação, do caminho e do equilíbrio”.

Os atabaques foram executados pelo conjunto de Alagbe, acompanhado de apresentação de solo de música e dança afro-brasileira, de Thais carvalho, membro do Corpo de Dança do Ilê Ayê. Os presentes também assistiram à declamação de poema sobre o orixá Exú, de autoria de Abdias Nascimento, pelo poeta Milsoul Santos.

Representando a Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU), o diretor-geral adjunto, Alberto Bastos Balazeiro, destacou a preocupação da atual gestão da Escola de incorporar temáticas de gênero e étnico-raciais nas atividades acadêmicas da instituição e de realizar uma maior aproximação com a sociedade civil, com ampliação de atividades de extensão. Balazeiro também lembrou o pensamento do líder sul-africano Nelson Mandela de que “ninguém nasce odiando outra pessoa por causa da cor da pele, sua origem ou ainda sua religião”. Para ele, a frase está alinhada ao pensamento de uma instituição de ensino, que pode ensinar e passar valores mais fraternos.

O procurador-geral do Trabalho  Ronaldo Fleury ressaltou que é preciso “fazer o dever de casa” – implementando medidas internas em prol da igualdade, entre elas a racial. “Um dos compromissos da nossa gestão é justamente trazer para dentro da nossa instituição aquilo que exigimos que as empresas façam”. Ele frisou a importância do respeito à diversidade brasileira para que o país fique livre da discriminação.

A mesa de abertura também contou com a presença de procuradores e magistrados do trabalho; e representantes de movimentos negros, como Erivaldo Oliveira, presidente da Fundação Palmares, Marcos Rezende, representando o coletivo de entidades negras, e Egbomi Sandra de Yemanjá, pelas comunidades tradicionais de terreiro.

O simpósio é realizado pela Escola Superior do Ministério Público da União e Ministério Público do Trabalho, com apoio de várias instituições e organizações voltadas para a promoção da cultura afro-brasileira. Ele segue até está quinta-feira (30/08), com palestras ministradas por procuradores, especialistas, pesquisadores e representantes de movimentos negros. Entre os temas abordados estão “A escravidão negra e o mito da democracia racial”, “O racismo e a intolerância religiosa contra negros(as), afro-religiosos(as) e quilombolas no mundo do trabalho. O caso brasileiro”, “Racismo e intolerância religiosa nos espaços públicos e privados”, entre outros.

A programação pode ser acompanhada pelo canal do MPT no YouTube.

Confira mais fotos da cerimônia abertura.

 

*Com informações Ascom/ PGT

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