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TEDxESMPU Countdown: é tempo de regenerar o planeta

Doze speakers trouxeram para o palco do TEDxESMPU reflexões sobre meio ambiente, sustentabilidade e regeneração
publicado: 30/08/2023 18h24 última modificação: 30/08/2023 18h46
Foto: Divulgação/ESMPU

Foto: Divulgação/ESMPU

Há pouco tempo para frear o impacto climático. Precisamos ser parte da solução. O TEDxESMPU Countdown trouxe a temática do meio ambiente e da sustentabilidade para discussão. Nesta quarta-feira (30/8), doze speakers fizeram reflexões sobre meio ambiente, gestão dos recursos naturais, regeneração dos ecossistemas, enfim, o futuro do planeta Terra.

O segundo bloco de palestras foi aberto com a performance da flautista e pesquisadora Valéria Bittar. Com o tema “Sopros anticoloniais: cartografia de flautas no território brasileiro”, a apresentação foi ilustrada por áudio, instrumentos e música. O show de encerramento ficou por conta da cantora Emília Monteiro, acompanhada do músico Paulo Córdova. De sua ancestralidade amazônica, surgiu a referência para gravar um disco com os ritmos amazônico-caribenhos do Norte do Brasil.

À tarde, passaram pelo palco do TEDxESMPU os speakers Lvcas Fiat e Leo Lanna, Sandra Benites, Andréia Coutinho Louback, Francisco Nilson Costa e Silva, Lorena Castro Carvalho e Ana Carolina Rosignoli Pereira. Lvcas Fiat e Leo Lanna, designer naturalista e pesquisador, respectivamente, exploradores da National Geographic, falaram sobre o projeto Mantis, fundado no Rio de Janeiro há sete anos, organização independente cuja essência é pesquisar, conservar e documentar as florestas tropicais em busca dos louva-a-deus. “É missão de todos reconectar o país à nossa incrível biodiversidade nativa”, disse Lanna. Fiat explicou que a iniciativa envolve resgatar um trabalho fundamental apagado pela colonização: a pluralidade dos seres.

Da etnia Guarani Nhandewa, a professora Sandra Benites, doutoranda e mestre em Antropologia Social, discorreu sobre arte, educação e ambiente sustentável a partir da perspectiva de uma mulher indígena. “Sou uma mulher indígena e parte do povo mais silenciado do país. Os invasores falaram que éramos selvagens, não tínhamos alma, não tínhamos lei. O silenciamento começa aí”, disse. 

A jornalista, escritora e palestrante Andréia Coutinho Louback abordou a justiça ambiental. “Existe um perfil muito específico de populações que são indireta e diretamente afetadas pelos desdobramentos da crise climática em diferentes esferas, pagando a conta de uma dívida que não fizeram. A prática revela dados de morte, perdas, prejuízos e outras injustiças que persistem em escolher seus alvos de ataque: corpos negros, favelados, periféricos. Corpos de quilombolas, indígenas, mulheres, crianças, pobres, marginalizados”, lembrou.

“Sabemos que as populações pobres serão as mais impactadas com a crise climática. Precisamos repensar o nosso jeito de consumir produtos e serviços. Sustentar não é mais suficiente; é preciso regenerar toda a besteira que foi feita. É preciso criar um modelo de negócio que esteja pautado por gerar impacto positivo para as pessoas e o planeta”, enfatizou o empresário e designer de serviços sustentáveis Francisco Nilson Costa e Silva. Com atuação na defesa do meio ambiente, a promotora de Justiça do MP de Goiás Lorena Castro Carvalho falou sobre o caso das queimadas em Santa Helena de Goiás. Desde 2019, ela articula a campanha educativa interinstitucional “Fumaça zero”. “Essa iniciativa é importante não apenas para a proteção do meio ambiente, mas para a sobrevivência da população”, explicou.

Qual a história da roupa que você usa? O bloco de palestras foi concluído por esse questionamento da empreendedora de economia circular Ana Carolina Rosignoli Pereira. Segundo ela, não existe mais a possibilidade de consumir moda sem se perguntar de onde vem essas roupas e como elas são produzidas. “Existe um fio invisível que costura a história de muitas e muitas pessoas todo dia quando a gente decide o que vai vestir”, lembrou.

Exposições – Ao final do TEDx, ocorreu o lançamento da exposição “Toda vez que se fura uma obra, muitas outras surgem”, uma iniciativa da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) em defesa da democracia. A mostra busca fazer uma reflexão sobre os atos de 8 de janeiro, sob curadoria da antropóloga Lilia Schwarcz e da procuradora da República Fabiana Schneider. A ESMPU também recebeu obras da exposição “Identidades indígenas no Brasil contemporâneo”, do repórter fotográfico Leonardo Prado; e “Amazônia”, de Sebastião Salgado, com curadoria de Lélia Wanick Salgado.

Impressões – "Foi uma potência. Fui surpreendida com toda a organização e curadoria. Mesmo para alguém que trabalha com a temática, vieram muitas informações, dados, coisas novas. Não tem como não sair daqui sem se emocionar. A gente sai com aquela sementinha. Não dá mais para não fazer nada.” Adriana Estevam, administradora.

"O tema é cada vez mais relevante e não podemos fechar os olhos. Foi um conjunto de palestras muito revelador, de pessoas muito distintas, que atuam em diferentes áreas. A gente precisa criar uma consciência de que para viver neste mundo, ele precisa continuar existindo." Pedro Macedo, servidor público.

"Fui surpreendida por palestras maravilhosas e engrandecedoras. Saio daqui com a consciência de que preciso fazer um pouco mais para devolver para esse mundo tudo o que eu recebo." Juliana Vieira, advogada.

Confira as fotos do evento.

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