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Todos somos um: mostra recebe mais de 1,7 mil alunos de escolas públicas

Em cartaz por quarenta dias, a exposição reuniu 91 obras de artistas contemporâneos brasileiros, com trabalhos sobre discriminação, violência, diferenças e formas de convivência.
publicado: 13/10/2008 14h08 última modificação: 31/03/2017 17h26

“Aqui a gente vê que ninguém é igual a ninguém e que isso não é motivo para discriminar as pessoas”. O comentário é de Danielle Carrijo, 12 anos, aluna da sexta série do Centro de Ensino Fundamental 306, do Recanto das Emas, depois da visita guiada à mostra Todos somos um. Nos últimos quarenta dias, Danielle e outros 1.707 estudantes da rede pública do DF puderam conferir a exposição, realizada pela Fundação Armando Alvares Penteado (Faap). Para Érica Sousa, professora de artes no CEF 306, a oportunidade ajudou a abrir os horizontes dos alunos: “A mostra é diversificada, traz vários tipos de manifestação artística e coisas que eles não estão acostumados a ver. Ao mesmo tempo, abordou de forma interessante questões como a violência”.

Idealizada pela Faap para comemorar os dez anos da ESMPU e os vinte da Constituição, a mostra reuniu 91 trabalhos de artistas contemporâneos brasileiros. A exposição foi dividida em cinco blocos: o processo de construção da identidade individual, a identidade coletiva de grupos histórica e socialmente marginalizados (índios, negros e homossexuais, entre outros), o preconceito, a violência e a inclusão.

“O tema é inovador e foi muito bem aceito pelos estudantes, apesar de tratar de assuntos delicados em obras muito fortes. Acho que todos saíram daqui com outra visão sobre a discriminação”, diz a artista plástica e professora Ana Carolina Capucci, uma das educadoras responsáveis pelas visitas guiadas. À equipe de educadores cabia explicar aos visitantes o sentido das obras, a forma de trabalho do artista, as técnicas utilizadas e a mensagem. “Mesmo as crianças menores aproveitaram a visita”, conta.

Que o diga Marli Anísio Pereira, professora da segunda série na Escola Classe 218 de Santa Maria. Ela trouxe seus trinta alunos da segunda série, crianças com idade entre sete e nove anos, para ver a mostra. “Eles gostaram muito, fizeram várias perguntas aos monitores”, diz. Marli não usou o transporte oferecido pela Faap às escolas públicas – ela tomou a iniciativa de trazer os alunos no próprio carro, em grupos de cinco. “Vi a mostra seis vezes, mas em grupos menores a visita rende mais. A exposição aborda uma série de questões que estamos trabalhando em sala de aula”, explica.

Além das crianças, a mostra recebeu servidores do MPU, membros dos quatro ramos, público externo e outros grupos organizados. Um deles foi o Pró-Arte de Brasília, entidade sem fins lucrativos dedicada a incentivar o cultivo das artes em todas as suas manifestações. Quarenta integrantes do Pró-Arte conheceram os trabalhos reunidos na mostra no dia 10 de outubro.

Para Rodrigo Janot, diretor-geral da ESMPU e subprocurador-geral da República, a mostra atingiu seu objetivo principal: “Queríamos sensibilizar as pessoas para o combate à discriminação e provocar a reflexão sobre o tema. Fomos bem-sucedidos”. Todos os custos da exposição – que esteve em cartaz de 4 de setembro a 12 de outubro na sede da Escola - correram por conta da Faap.

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