Em diálogo com novos procuradores da República, Aras defende atuação ministerial ancorada no senso de dever e na prática da visão humanística

“O cerne do Ministério Público está no dom de servir, e não de ser servido. E é por este Ministério Público que todos nós, enquanto procuradores da República, devemos pautar a concretização do ideal republicano, pois a República pressupõe a igualdade de todos perante a lei.” Com essa afirmação, o procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, abriu o diálogo com os novos procuradores da República recém-empossados na carreira. O encontro ocorreu no edifício-sede da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU), em Brasília, na manhã desta quinta-feira (2/12), durante mais uma atividade presencial do Curso de Ingresso e Vitaliciamento (CIV-MPF), Turma 2021.

Acompanhado do diretor-geral da ESMPU, Alcides Martins, o PGR cumprimentou os vitaliciandos e expressou o desejo de que cada colega efetivamente alcance no CIV as informações necessárias para o adequado exercício da função ministerial, tendo em conta que o Ministério Público é o elo entre a sociedade e o Estado, e, por isso, deve ter como prática uma visão humanística. “Nenhum de nós pode enxergar o outro com mais rigor do que enxerga o cidadão. Somos todos cidadãos antes de sermos membros do MP, mas, por sermos membros, temos mais deveres, e, portanto, a nossa gestão precisa seguir uma compreensão humanista. Não há outro caminho no serviço público senão a busca pelo mérito como critério maior para que todos nós façamos do nosso trabalho o nosso lugar e o nosso modo de estar no mundo, bem como o nosso local de fala e o nosso lugar de ser feliz”, enfatizou.

Augusto Aras reforçou que cada procurador é um representante do Estado munido de grande senso de dever e que a atuação de um membro do MPF precisa estar ancorada na verdade e no cumprimento da função institucional. “Devemos ser coerentes e zelar pela segurança jurídica e pela unidade institucional, e devemos, ainda, nos portar como aqueles que doam de si para o próximo com a distinção do cargo que nos é confiado”, acrescentou.

O PGR também cedeu espaço para perguntas e esclarecimento de dúvidas dos colegas e afirmou que é por meio do diálogo aberto que o MP se dedica a fortalecer as relações e a concretizar os seus objetivos. “De forma harmoniosa, desejo que possamos seguir engajados a fim de contribuir para a formação do juízo de valor que resulte no cumprimento de nossas obrigações em todas as esferas da República.” 

CIV-MPF 2021 – O treinamento, promovido pela ESMPU em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), constitui fase obrigatória do estágio probatório e visa desenvolver competências, habilidades e atitudes para o exercício do cargo. O coordenador pedagógico desta etapa é o procurador da República Pablo Barreto, e o coordenador-adjunto é o procurador da República João Paulo Lordelo.

No primeiro dia da etapa presencial, ocorrido na segunda-feira (29/11), os vitaliciandos visitaram a sede da PGR para conhecer os principais espaços de funcionamento da Administração Superior e ouviram representantes dos órgãos de cúpula da instituição.

Além das atividades do módulo complementar, realizado na sede da ESMPU, os novos procuradores farão uma capacitação específica em media training para desenvolver e aprimorar o relacionamento com a imprensa. As atividades presenciais são acompanhadas pela coordenadora de ensino do MPF, a procuradora da República Tatiana Almeida de Andrade Dornelles.

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