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Especialista analisa mudanças trazidas pela revolução tecnológica e comunicacional

Encontro virtual foi transmitido ao vivo pelo canal da ESMPU no YouTube nesta quarta-feira (27). Gravação está disponível para quem tiver interesse no tema
publicado: 27/10/2021 16h43 última modificação: 27/10/2021 16h43
Foto: Divulgação/ESMPU

Foto: Divulgação/ESMPU

“A explosão informática é um caminho sem volta e está apenas começando”, afirmou o mestre em Comunicação Social Carlos Roberto Gomes dos Santos durante o webinar “Da explosão informática à pós-verdade: como entender o mundo a partir da amplitude e da dinâmica do campo comunicacional”, promovido pela Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) nesta quarta-feira (27). O encontro virtual analisou como a revolução tecnológica das comunicações e informações afeta o ser humano – de maneira positiva e negativa. Clique para assistir.

A ampliação do espaço público, o aprimoramento da inteligência coletiva e a possibilidade de maior transparência foram alguns dos aspectos positivos apontados por Santos. Do lado negativo, ele destacou o distanciamento humano, a dificuldade de alteridade e a falta de precisão – terreno fértil para a criação e a disseminação de notícias falsas. 

Potência social “A potência social que é dada à opinião pública pelo ciberespaço pode ser positiva e de aprofundamento democrático, mas não é o que estamos vendo de forma geral. Paradoxalmente, essa revolução traz consigo ameaças à democracia. Precisamos saber como as tecnologias nos afetam para usá-las de maneira adequada”, alertou.

Santos reforçou que a comunicação digital mudou completamente as relações humanas e relembrou que os meios de comunicação tradicionais dependiam de uma agência de notícias, diferentemente da situação contemporânea, em que qualquer cidadão pode filmar e compartilhar o que está acontecendo em tempo real. Segundo ele, a democratização da comunicação, ao possibilitar a interação humana em qualquer lugar do globo, criou uma nova esfera pública de dimensões mundiais – sem recorte geográfico e com um número muito maior de participantes.

“Essa nova tendência da comunicação, da emissão e da reconfiguração, proporcionada pelo ciberespaço, nos permite pensar de maneira mais colaborativa e plural. A forma contemporânea como produzimos e distribuímos a informação tem transformado a cultura e o fazer político. Essas vozes sem controle de emissão têm mudado a política contemporânea”, completou.

Simetria – Santos destacou ainda a simetria proporcionada pela comunicação digital, que se caracteriza pela ausência de mediadores e permite que todos tenham voz. Entretanto, ele citou os riscos das câmaras de eco, espaço onde ideias ou crenças são amplificadas ou reforçadas e opiniões diferentes ou concorrentes são censuradas ou desautorizadas. 

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