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Especialistas discutem desafios do controle de espécies exóticas invasoras no Brasil
A Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) promove, nesta terça e quarta-feira, 27 e 28 de maio, o seminário “O controle de espécies exóticas invasoras no Brasil: impactos, desafios e a atuação do MPF”. Especialistas discorrem sobre os aspectos técnicos e normativos relativos à introdução de espécies exóticas nos biomas brasileiros e os impactos negativos para o meio ambiente. Assista aqui.
A coordenadora do Grupo de Trabalho Bioma da 4ª Câmara de Coordenação e Revisão (4ª CCR/MPF), procuradora regional da República Adriana Zawada, alertou que a introdução de espécies exóticas invasoras no meio ambiente e em ambientes sensíveis tem aumentado sem controle e de forma ilegal. “É crucial que se trate o tema na sociedade e no MPF para que se forneçam e se recuperem informações com mais facilidade e para que se possa sensibilizar para a relevância do tema”, destacou.
O perito em Oceanografia do MPF Nilton Euripedes de Deus Filho, orientador pedagógico da atividade, ressaltou a importância da atuação do MPF diante da crescente demanda sobre o tema. “São 300 ações e inquéritos diretos. Quando vamos para o escopo do inquérito indireto, passam de três mil”, completou.
O professor do Departamento de Ecologia e Conservação da Universidade Federal de Lavras Rafael Zenni apresentou um panorama sobre as espécies exóticas invasoras no país. “Atualmente, há mais de 500 espécies exóticas em ambientes naturais ou seminaturais nos ecossistemas brasileiros, 30% nas unidades de conservação, ocorrendo mais registros em ambientes degradados e com maior interferência humana”, acrescentou. Entre os impactos, o professor destacou a extinção de espécies nativas e implicações à saúde humana, como os danos causados pelo mosquito Aedes aegypti.
A professora adjunta do Departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina Michele de Sá Dechoum abordou os conceitos técnicos e científicos sobre invasão biológica. “Esse termo se refere a uma das cinco maiores causas de perda de biodiversidade. As demais são as mudanças no uso do solo e do mar, poluição, exploração de recursos e mudanças climáticas”, alertou.
Os analistas ambientais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) Ivan Teixeira e Carlos Eduardo Ferrer Luzardo, que colaboram em diversas ações do MPF, discorreram sobre instrumentos de controle e estrutura brasileira para gestão e manejo de espécies exóticas invasoras.
Confira a programação – A programação conta com painéis conduzidos por especialistas de instituições renomadas, como a Universidade de Brasília (UnB), as universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ) e de Santa Catarina (UFSC), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Serão abordados temas como o panorama nacional sobre espécies exóticas invasoras, instrumentos de controle, marcos legais, medidas preventivas, desafios em ambientes marinhos e continentais, bem como estratégias de restauração ambiental. Clique aqui para saber mais.
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