Desafios da democracia socioambiental
Se a dominação da natureza foi a marca civilizatória histórica da humanidade, os desafios da contemporaneidade são os de estabelecer os limites éticos, morais e materiais de relação homem x natureza e a construção das bases do que se pode denominar cidadania socioambiental.
A noção de democracia socioambiental é recente, nasce e se desenvolve juntamente com a necessidade de superação dos problemas ambientais decorrentes da modernidade, que introduz a ideia de sociedade do risco. O próprio conceito de risco e de construção social do risco é indissociável de uma construção democrática socioambiental como elemento de convergência e articulação entre biodiversidade e sociodiversidade.
Percepção e construção social do risco e democracia socioambiental exigem reflexão e debates sobre meio ambiente, recursos ambientais e conservação ambiental, consumo e desenvolvimento, direitos econômicos, sociais, culturais, territoriais e modos de vida tradicionais.
A temática foi debatida em Belém (PA) no Seminário “Diálogos Democráticos: Desafios da Democracia Socioambiental”, inspirado no formato TED Talk, com os seguintes convidados:
- Ubiratan Cazetta (Procurador da República) - minicurrículo;
- Sergio Leitão (advogado e diretor executivo do Instituto Escolhas) – minicurrículo; e
- Tchenna Maso (advogada e integrante do Movimento dos Atingidos por Barragens) – minicurrículo.
Cada conferência teve cerca de 15 minutos e ao final houve debate com a plateia, com mediação de um dos coordenadores de ensino do MPF Gustavo Kenner Alcantara (procurador da República).