Atividade em Belo Horizonte
Belo Horizonte (MG) sediou, de 18 a 20 de setembro, atividades de capacitação voltadas aos atores envolvidos no acolhimento, na integração e na interiorização de refugiados e migrantes no Estado. Ao longo dos três dias, foram realizados uma mesa-redonda, um simpósio e dez minicursos e oficinas com o objetivo de fomentar a discussão sobre a criação de políticas locais direcionadas a pessoas em situação de migração. As atividades contaram com 284 participações.
Acesse o material e as fotos do simpósio, da mesa-redonda e das atividades de formação. Leia também a matéria de cobertura sobre as atividades.
De acordo com dados da Organização Internacional de Migração (OIM) e da Casa Civil do Governo Federal, de junho de 2019, Belo Horizonte (MG) recebeu 55% (176) dos venezuelanos interiorizados, dos 320 que chegaram em Minas Gerais. Entre outros municípios mineiros que mais receberam pessoas em situação de migração vindos da Venezuela estão Juiz de Fora (19,7%), Montes Claros (8,4%) e Uberlândia (7,5%).
Mesa-redonda – Com o título “Vivências, experiências e necessidades de migrantes em Minas Gerais”, a mesa-redonda aconteceu no dia 18 de setembro. A atividade contou com a participação de um refugiado venezuelano e duas migrantes, uma haitiana e outra peruana, e buscou provocar a reflexão coletiva sobre as realidades vividas com a finalidade de ressignificar e humanizar o olhar, as abordagens e as políticas públicas que dizem respeito a tais populações.
Simpósio – O Simpósio “Refugiados e Migrantes em Minas Gerais: Como Acolher e Integrar?" aconteceu no dia 19 de setembro. Durante o encontro, foram apresentados o contexto global do fenômeno migratório, a retrospectiva histórica, os desafios para a implantação de uma política migratória e de acesso ao mercado de trabalho. Além disso, houve uma exposição sobre as experiências locais na atenção a refugiados e migrantes.
Atividades temáticas – Entre os dias 18 e 20 de setembro, aconteceram dez atividades temáticas, divididas entre minicursos e oficinas. Entre os assuntos abordados estavam imprensa no combate à Xenofobia; gênero; migração indígena; direitos humanos; nova Lei de Migração e Lei do Refúgio; direitos e acesso à justiça; gestão migratória em nível local; direitos Laborais; mapeamento territorial e articulação de rede.
As atividades aconteceram na Unidade Educacional da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).
Para a organização da edição em Belo Horizonte, além da PUC Minas, a Rede contou com o apoio do Ministério Público Federal (MPF), do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Defensoria Pública da União (DPU) em Minas Gerais; e de instituições públicas e organizações não governamentais envolvidas no processo de atenção ao refugiado ou migrante.