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Diretora-geral da ESMPU participa de debate sobre violência política de gênero nas eleições de 2024

Raquel Branquinho conduziu os trabalhos no segundo dia do evento, transmitido pelo canal do MPF no YouTube
publicado: 21/03/2024 14h08 última modificação: 25/03/2024 13h59
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A diretora-geral da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU), procuradora regional da República Raquel Branquinho, participou do webinário “Debate Institucional de Melhores Práticas para o Enfrentamento da Violência Política de Gênero nas Eleições de 2024”. O evento virtual foi promovido pelo Ministério Público Federal (MPF), nos dias 20 e 21 de março, com transmissão pelo canal da instituição no YouTube, e reuniu procuradores e promotores eleitorais, servidores do MPU atuantes na fiscalização eleitoral, advogados, pesquisadores e estudantes, além de representantes da sociedade civil. Assista aqui.

Coordenadora do Grupo de Trabalho de Prevenção e Combate à Violência Política de Gênero (GT-VPG) do MP Eleitoral, Raquel Branquinho mediou as apresentações no segundo dia de evento. Ela destacou a importância da iniciativa na construção de melhores práticas para o enfrentamento da violência de gênero em contexto eleitoral. “Buscamos o aprendizado contínuo, com compartilhamento de experiências e olhar resolutivo sobre essa questão. Temos várias instituições da sociedade civil que atuam na temática e fazem um trabalho árduo para possibilitar a candidatura de mulheres nas eleições, contribuindo para a prevenção e enfrentamento da violência política de gênero em todo o processo eleitoral”, enfatizou.

Webinário – O objetivo do webinário foi possibilitar a troca de experiências e informações para fortalecer a prevenção e o enfrentamento de condutas violentas praticadas contra candidatas e mulheres que ocupam cargos eletivos, sobretudo diante da proximidade do pleito municipal. Além disso, buscou-se, ainda, estimular a criação de um ambiente justo e seguro para a participação feminina no processo eleitoral.

Em funcionamento desde 2022, o grupo de trabalho monitora mais de 200 casos, em todo o país. Raquel Branquinho explicou que uma das linhas de atuação desse grupo, visando as eleições municipais deste ano, é fornecer o máximo de informações possíveis sobre o tema a todos os atores envolvidos no processo eleitoral – partidos, candidatos, advogados, sociedade. “O objetivo é construir um ambiente mais justo e seguro para a participação feminina na campanha eleitoral”, salientou.

Além de acompanhar o andamento dos casos no Ministério Público e na Justiça, o grupo mantém diálogo permanente com os partidos políticos no intuito de fomentar ações efetivas para prevenir condutas violentas e responsabilizar aqueles que praticam esses atos contra as mulheres.

Primeiro dia – O primeiro dia de evento contou com a apresentação de membros do Ministério Público e de representantes de entidades da sociedade civil atuantes na temática. Na abertura, o vice-procurador-geral Eleitoral, Alexandre Espinosa, falou sobre a necessidade de um esforço conjunto para superar os obstáculos históricos vivenciados pelas mulheres em relação ao ingresso no meio político.

Ele lembrou que mais da metade do eleitorado brasileiro é composto por mulheres, enquanto a representatividade feminina no Legislativo não passa de 18%, abaixo da média mundial, que é de 25%. Segundo Espinosa, o enfoque dos debates reside no fomento de boas práticas para avançar na garantia de maior participação das mulheres nas esferas partidária e de decisão política. 

Legislação – A Lei n. 14.192/2021 tipificou como crime a violência política de gênero, ao inserir o artigo 326-B no Código Eleitoral, com penas que variam de 1 a 4 anos de prisão, além de multa. São condutas de assédio, constrangimento, humilhação, perseguição ou ameaça, por qualquer meio, praticadas contra mulheres com a finalidade de impedir ou dificultar sua campanha eleitoral ou mandato eletivo. Isso inclui qualquer ação que discrimine ou menospreze a condição de mulher, sua cor, raça ou etnia.

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