Mulheres e o Direito à Água

publicado 20/07/2018 11h12, última modificação 23/07/2018 12h08

Identidade visual do eventoA mesa-redonda Mulheres e o Direito à Água – violações de direitos no contexto de construção de barragens e a exposição Arpilleras: bordando a resistência inauguraram as atividades do projeto “30 anos da Constituição Cidadã e 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos”. Os eventos buscaram debater e compartilhar com o público a realidade das violações de direitos no contexto da construção de barragens (hídricas e de rejeitos de mineração). Eles foram realizados no período em que Brasília recebia o Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA), organizado pela sociedade civil, e o 8º Fórum Mundial da Água. 

As atividades chamaram a atenção para a expulsão de habitantes de regiões afetadas por construção de barragens, as violações de direitos humanos (como o acesso à água, à terra, à moradia adequada, à saúde) e a forma como mulheres são particularmente atingidas. Mostraram que a pauta das mulheres se ampliou atualmente, levando a novas discussões que ultrapassam as questões políticas e trabalhistas. Edital de abertura

A mesa-redonda Mulheres e o Direito à Água – violações de direitos no contexto de construção de barragens aconteceu no dia 5 de março para celebrar o Dia Internacional da Mulher (8 de março) e o Dia Internacional da Água (22 de março). Foi coordenada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e contou com a participação de duas representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens - MAB (Andréa Neiva e Tchenna Fernandes Maso) e de mulheres membros dos quatro ramos do MPU (a subprocuradora-geral do Trabalho Sandra Lia Simón, a promotora de Justiça do Distrito Federal e Territórios Luisa de Marillac Xavier dos Passos, a promotora de Justiça Militar Najla Nassif Palma e a subprocuradora-geral da República Ela Wiecko). Saiba mais.  

Já a exposição Arpilleras: bordando a resistência reuniu 17 peças do acervo do MAB, que mostraram a realidade das mulheres atingidas por empreendimentos energéticos no país. A técnica de costura, popularizada durante o período da ditadura militar chilena (1973 - 1990), aplica retalhos sobre juta, expressando por meio da arte o sentimento das mulheres que tiveram seus direitos violados em decorrência da construção de grandes empreendimentos. A exposição foi exibida no Hall do 1º subsolo da ESMPU, entre 5 e 23 de março. Confira o teaser: