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Diretores defendem que Centros de Formação sejam motores da nova fase do MP
O evento contou com a participação de diretores e representantes
de diversos Centros de Formação, entre eles o diretor-geral adjunto
da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU),
Maurício Correia de Mello, que ministrou palestra na sessão
temática. Durante sua exposição, ele apresentou uma proposta de método de discussão, coletiva e
participativa, da realidade do Ministério Público e dos possíveis caminhos mais
eficazes para a implementação dos Direitos Humanos, tendo por ambiente as
Escolas de Ministério Público.
Segundo o diretor do CEAF do MP de São Paulo, Marcelo Pedroso
Goulart, a instituição concluiu seu primeiro ciclo após a
Constituição de 1988 e o início dessa nova fase é naturalmente um
“momento crítico” em que a “velha” estrutura ainda amarra o
desenvolvimento e a consolidação do MP como “agente transformador
da realidade”. “Hoje, o promotor se afasta do papel de ‘espelho
do juiz’ e se aproxima do papel de diplomata, de articulador e
gestor”, afirmou. Goulart também defendeu o vínculo das escolas
do MP com universidades, em busca da produção de conhecimento e de
pesquisa aplicada à realidade institucional.
Ele citou como exemplo os convênios do CEAF paulista com a USP,
Unesp e Unicamp em projetos que têm como objetivo desenvolver
instrumentos técnicos de trabalho para os promotores. “Para isso,
precisamos da garantia da nossa autonomia pedagógica e também
precisamos de autonomia gerencial, com recursos que garantam o
funcionamento das escolas em um novo padrão.”
O diretor do CEAF paulista também falou sobre o Plano
Político-Pedagógico desenvolvido em sua gestão a partir do diálogo
com membros e servidores de todo o Estado, que fizeram críticas e
sugestões para o aprimoramento da escola.
Já a promotora de Justiça de Goiás Alice de Almeida Freira, que
dirigiu o CEAF em seu Estado em 2010 e 2011, enfatizou a necessidade
de os membros do MP introjetarem a mudança de perfil do Ministério
Público, antes focado nas demandas judiciais e agora com um viés
mais “resolutivo”.
“O MP deve participar do planejamento, da implementação e do
monitoramento das políticas públicas. No entanto, o promotor ainda
não tem a orientação de fazer isso nem a proatividade de se
inteirar dessas políticas públicas. Ele não checa se os conselhos
estão funcionando, se o orçamento está sendo bem executado”,
afirmou.
Fonte: Coordenadoria de Cultura, Comunicação e Extensão do MP de São Paulo
Secretaria de Comunicação Social
Escola Superior do Ministério Público da União
E-mail: secom@escola.mpu.mp.br
Telefone: (61) 3553-5300